quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O cristão e o vinho


             Muitos são os cristãos que possuem dúvidas sobre a questão do vinho. Seria permitido a nós o uso desta bebida uma vez que Jesus transformou  a água em vinho? Se Jesus tomou vinho na ceia com os apóstolos que mal teria se fizéssemos o mesmo?
     Embora muitos 'cristãos' bebam vinho regularmente defendendo-se com textos bíblicos, tal prática não se enquadra dentro do contexto histórico e tradicional do nosso país, e somente esse argumento põe em terra o frágil e falso conceito de que, basta estar na bíblia, ou basta Jesus ter praticado determinado costume, que nós estamos endossados a fazê-lo ou praticá-lo. Tal argumento não passa no crivo contextual das escrituras. Usar um texto fora do contexto gera um pretexto perigoso e, na atualidade, é exatamente isso que os falsos profetas tem feito.  A contextualização deve sempre ser respeitada para que aja uma compreensão mais apurada e exata das escrituras. Um exemplo típico se dá em que Jesus foi circuncidado e nem por isso devemos fazer o mesmo. São graves as advertências no novo testamento sobre a circuncisão no contexto da graça. Paulo afirmou que se um gentio salvo viesse a se circuncidar colocaria em xeque a própria salvação oferecida pelo sacrifício de Jesus mediante a graça (Gl 5:1-13).  Jesus também guardou a lei mosaica com seus ritos, assim como Maria e José. Porque Jesus, Maria e José guardaram o sábado estão os gentios autorizados a fazer o mesmo? Paulo disse que não (Cl 2:16-17; Gl 4:9-11). Jesus usava vestidos, será que podemos usá-los também? Ai está a questão da contextualização. As questões étnicas sempre foram um agravante no que tange a certos costumes  peculiares. Um exemplo típico disso seria os irmãos escoceses. Todos sabemos que na Escócia, os homens usam saias curtas. Se um pastor usá-las naquele país em nada gerará escândalo.  Agora faça o mesmo aqui no Brasil. Vá pregar o evangelho na praça com um vestidinho curto de flanela e sentira o peso da descontextualização.
      Agora, numa análise mais profunda, veremos que o vinho possui duas classificações : Fermentado e não fermentado. No conceito nacional da atualidade o termo "vinho" denota bebida fermentada (embriagante).  Porém, a história das civilizações provam que o termo vinho ( grego : oinos), no passado, era também o termo usado para denotar o  puro suco da uva. Alguns exemplos históricos : ¹(a) Anacreontes (500 a.C.) escreve: “Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]” (Ode 5). (b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento 86). (c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem “jarros de vinho [oinos]” (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3–4). (d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy. 729; 137 d.C.), fala de “vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer” (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10). (e) Ateneu (200 a.C.) fala de um “vinho [oinos] doce”, que “não deixa pesada a cabeça” (Ateneu, Banquete, 1.54). Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas “acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo” (1.54). Um exemplo bíblico está em Ef 5:18 e Ap19:15 (ver Is 16.10; Jr 48.32,33)
      Esses exemplos extraídos de obras literárias antiqüíssimas  provam que o termo "vinho"(oinos) sofreu grave alteração nos últimos séculos.
      O vinho da Ceia do Senhor era fermentado ou não? ²(A - Questão Científica) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra “vinho” (gr. oinos) no tocante à Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão “fruto da vide” (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único “fruto da vide” verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira. (B - Questão Moral) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa proibia, durante a semana daquele evento, a presença de  qualquer agente fermentador (Êx 12.19; 13.7). Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado ( Mt 16.6,12; 1Co 5.7,8). Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17). Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado. (C- Questão Sacerdotal) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10. 8-11 nota). Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus do novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10). (D-  Questão Simbólica) O valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual. Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que ser pão asmo (sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (1Pe 1.18,19). Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado. Também Paulo, determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, o agente fermentador “da maldade e da malícia”, porque Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.6-8). Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade, algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor, bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.
    Para encerrar, o que dizer da água que Jesus transformou em vinho? Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial (Jo 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: (Pv 23.29-35; Is5:11-14;20-22). Cristo por certo aprovou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor (Pv 20.1), bem como as palavras de Hc 2.15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!... e o embebedas” ( Is 28.7; Rm 14.21,22). Assim sendo, dentro do contexto bíblico e histórico, fica patente que Cristo manifestou a sua glória com o melhor "oinos", um vinho que até as crianças bebiam, doce, puro,  e sem fermentação.
 Pr. Alexandre Nascimento 

 Bibliografia  de referências históricas1,2 - pag 1517 - BEP-CPAD

13 comentários:

  1. GOSTEI MUITO DA EXPLICAÇÃO, ERA O QUE EU ESTAVA PROCURANDO,NUNCA ACEITEI MUITO ESSA HISTÓRIA DE CRISTÃO BEBER VINHO.SEMPRE LEIO SEU BLOG APRENDO MUITO.DEUS O ABENÇÕE.

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  2. Pastor Alexandre, paz!

    Ao término da leitura de seu texto só tenho algo a dizer:
    "Graças a Deus não vou ser julgado pelo que minha cultura diz que é certo ou errado, pois a cultura em que estou enserido não é o parâmetro Divino".
    Sem mais.
    Abçs.

    PS:Também tenho um post sobre o assunto: http://edmaisbom.blogspot.com/2010/02/se-e-para-destruir-todos-os-paradigmas.html

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  3. Amém , amado Ednelson! Visitei seu artigo e dei meu parecer transcrito a baixo. Espero que me entenda e aprove meu comentário em seu blog, pois só expus minha simples opinião.

    "A questão está não nas proporções, mas no fim de cada prática. Embora você tenha declarado que não fez apologia a uso, em meu ver, foi exatamente isso que você fez. Se não é pecado o baixo consumo de algo que potencializa a vida daqueles que estão sendo destruídos pela mesma substância, então não existe um padrão a ser observado. "Comamos e bebamos porque amanhã morreremos". Se você prega a palavra em locais onde o consumo do álcool é a arma maligna, como ministrar uma palavra de liberdade a estes escravos se você mesmo também é consumidor de tal mal?
    Por isso Pedro foi repreendido por Paulo. Pedro fazia algo que no fundo sabia que era errado e seu erro enfraqueceu aos que com ele andavam ao ponto de os tais dissimularem como ele (Gl 2). Você beberia um pouco de vinho na presença daqueles que você almeja que sejam libertos do álcool? , era isso que Pedro fazia! O que é aprovado não pode gerar constrangimento diante de ninguém, caso contrário não existiria consciência. O álcool é malévolo, e seu fim é a morte e não a alegria! É como o fumo, que vai gradativamente acelerando o processosuicida. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não e sábio" Pv 20:1.
    Mas quem sou eu para dizer a você o que é certo ou errado? O Espírito Santo têm ciúme suficiente de nossos corpos para nos corrigir quando estivermos destruindo aquilo que Lhe pertence, não é verdade?"

    Deus o abençoe!

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  4. Prezado Pr. A minha intenção não é contradizer o senhor, e muito menos defender o consumo de bebidas alcoólicas, mas apenas esclarecer umas dúvidas. Nós sabemos que em Israel não havia uvas frescas o ano todo para se fazer suco de uva, então o suco era feito em grandes quantidades logo após as colheitas. E sabemos também que o suco de uva depois de algum tempo inicia o processo de fermentação natural. Eu tenho três perguntas: Será que eles conheciam algum método para evitar que o suco fermentasse? Porque Jesus foi acusado de ser bebedor de vinho,(Lucas, 7, 34)se Ele bebia apenas suco de uva, que mal haveria nisso? Os crentes de Corinto se embriagavam com o vinho que era servido na ceia,(1 Cor.11, 21) porque Paulo não os orientou a tomarem suco de uva? A questão aqui não é se crente pode ou não pode tomar bebida alcoólica, mas se o vinho naquela época era ou não fermentado.Deus nos abençoe.

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  5. Amado Samuel, vai a resposta a suas perguntas :

    1 - Será que eles conheciam algum método para evitar que o suco fermentasse?
    Certamente era conhecido em todo império romano meios de se preservar o suco de uva puro (OINOS - VINHO) por longos períodos. Os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação.

    (a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta
    quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira: "Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções: Depois de aplicar a prensa as uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície.
    Tire a ânfora depois de quarenta dias. O suco permanecera doce durante um ano" (ver também Columela: Agricultura e Arvores; Catão: Da Agricultura).
    O escritor romano Plinio (século I d.C.) escreve: "Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala" (Plínio, Historia Natural, 14.11.83).
    Outro método de impedir a fermentação das uvas é ferve-las e fazer um xarope. Historiadores antigos chamavam esse produto de "vinho" (oinos). Conego Farrar (Smith 's Bible Dictionary, p. 747) declara que "os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes". Ainda, o Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665), observa que "sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro".
    CONTINUA A BAIXO :

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  6. CONTINUAÇÃO DA RESPOSTA AO SAMUEL
    2- Porque Jesus foi acusado de ser bebedor de vinho, (Lucas, 7, 34) se Ele bebia apenas suco de uva, que mal haveria nisso?

    Por favor, não se esqueçamos que o termo vinho , nas épocas bíblicas, tinha sentido duplo (favor reler a minha exposição sobre a palavra OINOS ), assim sendo vinho e suco de uva têm o mesmo sentido contextual.
    Não se pode, porém, determinar por meio deste texto que tipo de vinho Ele bebia, uma vez que a acusação dos fariseus a respeito do caráter de Jesus é totalmente falsa. Acusam Jesus de ser um comilão e beberrão, ou de beber com os pecadores, mas eram mentiras difamatórias e costumeiras, com o propósito de destruir a sua influência como mestre da justiça (Mt 12.24; Jo 7.20; 8.48). O próprio Jesus disse que quem come e bebe com os ébrios é um mau servo (Mt 24.48-51). Ai está o mal em Jesus beber vinho embriagante. Logo, não se pode provar, de modo nenhum, à base deste texto, que Jesus bebia vinho fermentado.
    Da mesma forma em outras duas ocasiões seus críticos acusaram Jesus: “Tens demônio” (João 7:20; 8:48). Se acreditarmos que Cristo bebeu vinho alcoólico porque Seus críticos O acusaram de ser um bêbado, então teríamos também que acreditar que Ele tivesse demônio. O absurdo de tal raciocínio mostra que aceitar as acusações desses críticos não é uma base segura para definir o ensinamento bíblico.
    Agora a chave do contexto é que Jesus respondeu a este ataque sem base de Seus críticos com a frase: “Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos” (Luc 7:35). A evidência textual divide-se entre “filhos” e “obras”, mas o significado dessa obscura declaração permanece a mesma, a saber, que a sabedoria é para ser julgada pelos seus resultados. A sabedoria de Deus é vindicada pelas boas obras que elas geram. Assim, deduzir na base das alegações de Seus críticos de que Jesus bebeu vinho mostra completa falta de sabedoria. Os resultados de Sua vida de abnegação falam por si mesmos.

    3 - Os crentes de Corinto se embriagavam com o vinho que era servido na ceia,(1 Cor.11, 21) porque Paulo não os orientou a tomarem suco de uva?

    Este texto não é uma referência a ceia do Senhor mas sim a "festa ágape "(festa de amor Jd12; 2 Pd 2:13). Note que o próprio Paulo afirma que essas reuniões não eram a ceia do Senhor vs20, e sabemos que a ceia do Senhor possuía só dois elementos, contrastando com a afirmação de Paulo de que eles, na festa ágape, comiam exageradamente ao ponto de não restar aos pobres que chegavam mais tarde. O texto também perde o sentido se apelarmos para o vinho, pois foi dito : "...e assim um tem FOME, e outro embriaga-se"vs21b. Deveria ser dito desta forma para ter sentido o o beber vinho nesse texto : Assim um bebe vinho outro embriaga-se. Porém, a tradução da palavra 'METHUO- embriaga-se' tem sentido de "ficar satisfeito, ou farto" ou também pode se referir a 'ficar bêbado". Assim sendo, a sentença da declaração de Paulo na frase só têm coerência com o comer demais, pois ele falava de FOME e não de SEDE. Ninguém diz : Estou com fome de beber vinho, concorda?
    E para finalizar essa questão devemos saber que na doutrina de Paulo (apostólica) Ele considerava a embriaguez, não apenas como mera questão de desconsideração com os demais, mas como algo tão grave que exclui a pessoa do Reino de Deus (6.10; Gl 5.21)”

    Deus lhe abençoe também!

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  7. Prezado Pr. O sr analisou os textos fora de seus contextos, vamos ver todo o contexto:
    (Lucas 1:15) - Porque ele(João Batista) será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe

    (Lucas 7:31) - E disse o Senhor: A quem, pois, compararei os homens desta geração, e a quem são semelhantes?
    (Lucas 7:32) - São semelhantes aos meninos que, assentados nas praças, clamam uns aos outros, e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes
    (Lucas 7:33) - Porque veio João o Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio
    (Lucas 7:34) - Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores!

    Note que foi o próprio jesus que afirmou que comia e bebia, os fariseus erraram em exagerar o consumo, Jesus os criticava não pela acusação, mas pela incoerência deles. (Obs. Jesus comia sim, com publicanos e pecadores. Mat. 9, 9-12.)E em relação ao texto de 1 cor. 11 ,21, Paulo se refere a embriagues por bebida, porque no verso 22 diz: "Não tendes porventura casas onde comer e beber"? Mesmo que não fosse a ceia do Senhor, Porque Paulo não os orientou a tomarem suco de uva? Fique com Deus.

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  8. Irmão Samuel, por favor , não analisei os textos fora do contexto não, muito pelo contrário, pois o contexto é a questão moral das acusações. Concordo que Jesus comeu com os pecadores, mas dentro do contexto da luz. Ele era o médico e eles os doentes(Mt 9:9-12).
    Certamente Jesus bebeu algum tipo de vinho(oinos) com os pecadores, porém determinar que tipo de vinho ele bebia é incorreto. Novamente voltamos a mesma questão: A acusação dos fariseus era falsa e embuida de malignidade. Volto a afirmar que o próprio Jesus disse que quem come e bebe com os ébrios era um mal servo ( Mt24:48,49 ) Isso é coerência. A Palavra fala que devemos evitar toda aparência do mal(1Ts 5:22). Beber um gole de bebida alcoólica é aparência do mal pois quem vê não pode definir qual quantidade foi ingerida.
    Sobre a festa ágape você está equivocado. É óbvio que eles bebiam algo, mas quem pode afirmar que eram bebidas alcoólicas? Todavia está claro que o texto fala sobre comer de mais (por favor leve em consideração a palavra grega METHUO que lhe expus).
    Se você, Samuel, quer beber bebidas alcoólicas, fique a vontade, mas não venha encontrar guarida nas santas escrituras. Fica aqui um conselho bíblico para você :Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará. Pv 23:29-32

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  9. Prezado Pr. Eu não quero consumir bebidas alcoólicas, apenas queria entender os textos, grato pela sua atenção, Deus o abençoe.

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  10. Amém, Samuel, e me desculpe se fui ou se pareci rude.
    Deus o abençoe também.

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  11. Pr. Alexandre, eu olhei nos meus dois e-mails e não detectei o e-mail pelo senhor mandado.

    Mas, para terminar o assunto e fechar com "chave de ouro" a discussão saudável e muito interessante, leia da boca Daquele que É maior que a própria Escritura, Jesus:

    "E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei.Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
    16 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça."(Mc 7:14;16).(bom mesmo é ler todo o contexto)

    Será que nós temos ouvidos
    suficientes para ouvir e coragem para aceitar as verdades por Ele dito? Ou será que é melhor nós julgarmos pela moralismo imposto da religião?

    Pastor, moralmente falando não é aceitável um crente beber, pois a ideologia que a instituição passou durante séculos para as sociedades é que cristão não bebe, não fuma e não... Essa ideologia é maior que as próprias verdades do Senhor Jesus. Depois ainda nos chamam de relativistas,rsrs. Relativistas são todos aqueles que julgam as coisas através do moralismo que cultua o exterior, podendo o interior ser cheio de hipocrisia e insinceridade, desde que tenha uma reputação ilibada.

    Mas, como eu e muitos que já passamos do jardim de infância (que é o moralismo hipócrita ensinada pelos fariseus e amplamente difundida pelos crentes atuais) da religião, nós temos a livre escolha de beber ou não, fumar ou não, comer algum alimento ou não.

    Hoje, de fato, eu sei o sentido real do que Paulo disse: "Tudo me é lícito, mas nem tudo convém". Hoje sei que tudo posso fazer, mas cabe a mim decidir de acordo com meu gosto pessoal o que fazer, comer, beber e etc.Hoje o meu limite não são regras ditadas pela religião ou por homens que julgam segundo o moralismo, "mas a fé que atua pelo amor" (Gl5:6), pois tudo que não provém da fé é pecado(Rm 14:23).

    Pastor, espero que o senhor esteja, assim como eu, com o coração sempre aberto para aprender com todos, mesmos nós, os piores de todos.

    Que o Senhor lhe dê humildade para aprender não somente com os "grandes servos de Deus", mais também com os que, com coração sincero e sem os moralismos farisaicos da religião, buscam o Deus que, encarnado, quebrou todas as regras de moralidade pagã da sociedade que estava enserido.

    A paz!

    Ps: Em nenhum momento estou afirmando que o senhor é fariseu, hipócrita ou que ensina o que ensina porque é os dois. O que escrevi é o que percebo no geral na espiritualidade evangélica na atualidade. Não se zangue comigo, please,rs.

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  12. Não estou zangado não, Ednelson, meu irmão. Não há motivos para isso. Nossa conversa gera reflexões na mente de quem esta buscando pontos de vista sobre esse assunto. Nossa intenção deve ser sempre a de expor aquilo que acreditamos, e nada mais. Sobre o meu e-mail, basta você entrar em seu blog e o verá. Mas não é por isso : apalexandrenasc@ig.com.br
    Fico por aqui, aberto a aprender de qualquer um, toda verdade que liberta, que gera novidade de vida, que produz santidade real, que me faça mais parecido com Jesus, mais parecido com a realidade que é vivida no céu, mas agradável a Deus, e que me leve cada vez mais longe de toda a aparencia do mal e todo 'achismo', e me torne cada vez mais consciente de que sou pó, para que a glória seja de Deus.

    SOLI DEO GLORIA

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