Temores sobre a dívida nos Estados Unidos e nos países da zona do euro derrubaram as bolsas em todo o mundo
Duas reuniões de emergência estão marcadas para este domingo na tentativa de autoridades de diversos países para tentar animar os mercados financeiros, que sofreram fortes perdas na semana passada.
Temores sobre a dívida nos Estados Unidos e nos países da zona do euro derrubaram as bolsas em todo o mundo.
O Banco Central Europeu (BCE) fará uma reunião de emergência na tarde de domingo para decidir se a entidade comprará títulos da dívida italiana para aliviar as pressões sobre o mercado financeiro. A Alemanha é contra a medida e exige que os italianos melhorem o desempenho da economia do país, com medidas de austeridade fiscal mais rígidas do que as prometidas até agora.
Os ministros das Finanças do G7 – os sete países mais industrializados do mundo – também farão
um encontro de emergência para discutir formas de acalmar o mercado financeiro antes da abertura na segunda-feira.O Banco Central Europeu (BCE) fará uma reunião de emergência na tarde de domingo para decidir se a entidade comprará títulos da dívida italiana para aliviar as pressões sobre o mercado financeiro. A Alemanha é contra a medida e exige que os italianos melhorem o desempenho da economia do país, com medidas de austeridade fiscal mais rígidas do que as prometidas até agora.
Os ministros das Finanças do G7 – os sete países mais industrializados do mundo – também farão
Itália e Espanha
A reunião do BCE será por teleconferência na tarde de domingo. O principal item da agenda é a Itália, a maior economia a ser atingida pela crise da zona do euro até agora.
Os juros pagos pelo governo italiano nos títulos da sua dívida aumentaram drasticamente, na medida em que investidores começaram a duvidar da capacidade de solvência da Itália, já que a economia do país está crescendo muito lentamente.
A Espanha é outro país em crise, com alto índice de desemprego e endividamento público, aliado ao fraco crescimento econômico.
Analistas temem que os dois países sigam o caminho de Grécia, Irlanda e Portugal, que precisaram de pacotes de ajuda externa para salvarem suas economias.
Na semana passada, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que as autoridades monetárias do bloco estão fracassando na tarefa de evitar que a crise da dívida se espalhe.
Já italianos e espanhóis tentam convencer os demais países que conseguirão honrar seus compromissos. Na sexta-feira, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, prometeu medidas de austeridade que equilibrariam o orçamento do governo até 2013, um ano antes do previsto inicialmente.
Há boatos de que o BCE está se preparando para comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha, para tentar ajudar os dois países. Na semana passada, o BCE fez o mesmo com papéis da Irlanda e de Portugal.
No entanto, há indícios de que a entidade está dividida. Alguns analistas esperavam que o BCE começasse a comprar títulos da dívida da Espanha e da Itália logo após uma reunião no dia 21 de julho, mas isso não aconteceu, aumentando o clima de apreensão no mercado.
Dívida americana
Os ministros das Finanças do G7 também farão uma reunião por telefone no domingo.
Eles discutirão formas de animar os mercados antes da abertura de segunda-feira. Após o fechamento de sexta-feira, a agência de classificação de riscos Standard & Poor's (S&P) rebaixou pela primeira vez na história a nota dada aos títulos da dívida americana – de AAA para AA+.
O S&P tomou a decisão por acreditar que o acordo entre políticos republicanos e democratas para aumentar o teto da dívida americana foi insuficiente para resolver os problemas econômicos dos Estados Unidos.
A decisão da agência de classificação de riscos causou constrangimentos à gestão do presidente americano, Barack Obama, e pode aumentar o custo de empréstimos governamentais.
Um assessor da Presidência criticou a S&P.
"Ela [a agência] atacou uma instituição começando com uma conclusão, e moldando um argumento para se encaixar na conclusão", disse Gene Sperling, do Conselho Econômico Nacional do governo.
O porta-voz do governo americano, Jay Carney, disse no sábado que o acordo entre republicanos e democratas foi "um passo importante na direção certa", mas que o país precisa "melhorar".
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