terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ahmadinejad adverte EUA e Israel - Ecos da 3º guerra mundial ?

Foto: EPA
  O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que Estados Unidos e Israel desejam atacar o Irã para combater sua crescente influência, e advertiu contra qualquer agressão ao país, em uma entrevista ao jornal egípcio "Al-Akhbar".
  O Irã aumentou suas capacidades e continua progredindo, e por esta razão é capaz de rivalizar com o mundo. Agora Israel e o Ocidente, em especial os Estados Unidos, temem as capacidades e o papel do Irã, disse Ahmadinejad.  Buscam apoio internacional para suprimir a influência (do Irã). Os arrogantes devem saber que o Irã não permitirá esta agressão, completou.
   A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) deve divulgar na terça-feira um relatório sobre o controverso programa nuclear iraniano, em um contexto de ameaça israelense de intervenção militar no Irã.
   Segundo fontes diplomáticas ocidentais, a AIEA deve publicar um relatório com dados que respaldam as
suspeitas sobre o caráter militar do programa nuclear iraniano, apesar dos desmentidos do governo de Teerã, que admite apenas objetivos civis.
   A agência também deve criticar mais uma vez a falta de cooperação do Irã e o desrespeito de suas obrigações como país membro da AIEA, em particular com o prosseguimento do enriquecimento de urânio, o que poderia permitir ao país produzir armamento atômico. O enriquecimento prossegue, apesar de a ONU ter determinado seu fim.
  Um importante religioso conservador iraniano, o aiatolá Ahmad Khatami, pediu ao diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano, que não atue como um instrumento dos EUA. Se Amano atuar como um instrumento sem vontade nas mãos dos EUA, publicando mentiras e apresentando-as como documentos, a AIEA perderá a escassa reputação que resta, afirmou.
   A Rússia advertiu Israel que um ataque contra o Irã seria um "erro muito grave" capaz de provocar mais conflitos e causar vítimas civis, "com consequências imprevisíveis", após a ameaça do presidente israelense, Shimon Peres, de que a ofensiva é uma opção cada vez mais provável.
  Não pode existir nenhuma solução militar para o problema nuclear iraniano, como não pode existir para nenhum outro problema do mundo contemporâneo, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.
  Qualquer conflito deve ser resolvido exclusivamente por meios aprovados pela comunidade internacional, de acordo com a Carta das Nações Unidas.


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