sexta-feira, 2 de setembro de 2011

IBM testa chip inspirado em cérebro (Tecnologia a favor do Anti-cristo?)

  São Paulo- Um sistema que integre software e hardware, capaz não apenas de analisar informações complexas em tempo real como também de aprender com os resultados.

  Nele, novas ligações são feitas a cada input, e as experiências anteriores são utilizadas para elaborar a próxima ação. Basicamente, um sistema como esse reconhece rostos, se lembra de ações passadas e

sente as variações do ambiente por meio de sensores. Tudo isso, ao mesmo tempo.
  Essa é a meta do projeto Synapse (Systems of Neuromorphic Adaptive Plastic Scalable Electronics), desenvolvido pela IBM Research: recriar as sinapses do cérebro através de algoritmos e circuitos de silício.  As sinapses são as estruturas responsáveis por transmitir o impulso nervoso de um neurônio ao outro.

  Hoje, a empresa anunciou a conclusão da primeira fase do empreendimento: dois chips experimentais, feitos para similar a percepção, ação e cognição do cérebro.

  Embora não contenham elementos biológicos, os chamados “neurosynaptic computing chips”, ou chips neuro-sinápticos, possuem circuitos inspirados na neurobiologia: cada um conta com 256 “neurônios”; um deles contém 262.144 sinapses programáveis, o outro, 65.536.

  Os dois protótipos foram construídos na unidade de Fishkill, em Nova York, e estão sendo testado nos laboratórios de Yorktown Heights (NY) e San José, na Califórnia. Até agora, já demonstraram habilidade em tarefas simples, como navegação, visão, reconhecimento de padrões, memória e classificação de objetos.

  Esses chips são a base do que a IBM imagina como futuro da informática: a computação cognitiva. Os sistemas construídos com eles não serão programados da mesma forma que os atuais: eles devem aprender através das experiências, encontrando correlações e criando hipóteses– como faz o cérebro.

  A meta do SyNAPSE  é criar um sistema de chip com 10 bilhões de neurônios e trilhões de sinapses, que consuma menos de um  kilowatt e ocupe menos de dois litros de volume. O sistema não apenas analisaria informações complexas de vários inputs sensoriais, mas interagiria de acordo.

  Por exemplo, um supermercado poderia usar um sistema cognitivo para monitorar seu estoque. Medindo temperatura, textura e odor dos alimentos, ele conseguiria registrar (e aprender) quais estão ou não estragados.

  Com o fim da fase 1, a IBM Research e sua universidades parceiras no projeto (Columbia University;   Cornell University; University of California, Merced; e University of Wisconsin, Madison) receberam US$21 milhões do governo americano para desenvolver a fase 2.

O objetivo final é fazer com que os computadores deixem de ser “grandes calculadoras” para que passem a ser sistemas com capacidade de aprendizado.
Abril
By Samuel Natanael

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