quarta-feira, 20 de julho de 2011

FMI pede à Europa ação urgente para frear crise financeira e evitar contágio

  Washington, 19 jul (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta terça-feira aos países da zona do euro que ajam de forma urgente para conter a crise financeira e alertou para "grandes consequências globais" caso os problemas das nações periféricas do bloco se alastrem a países centrais da região.
  "Uma intensificação da crise da zona do euro, sobretudo se a tensão se estender à região central, poderia ter grandes consequências globais", advertiu o Fundo, que publicou nesta
terça-feira seu relatório anual sobre a economia da zona do euro. "Os atrasos na resolução das crises poderiam ser custosos para a zona do euro e para a economia global", insistiu o FMI.
  Para impedir um recrudescimento da situação, que ameaça agora arrastar a Itália e a Espanha, o Fundo pediu que se implementem plenamente os programas de ajuste fiscal na Grécia, Portugal e Irlanda.
  Essa implementação, segundo o FMI, deve ser acompanhada de um financiamento "adequado" que respalde a viabilidade da dívida e soluções baseadas no setor privado para os problemas bancários.
  O conselho executivo do FMI defendeu após analisar as conclusões do relatório, que se mantenham as medidas de apoio monetário o tempo que for necessário e que se amplie o capital dos bancos além dos requisitos do acordo Basileia III, que estabelece padrões globais de disciplina fiscal.
  Nesse sentido, Luc Everaert, responsável do FMI para políticas à zona do euro, assinalou nesta terça-feira em entrevista coletiva telefônica que "a maioria dos bancos deveria reforçar seus cofres de capital, pois isso reforçaria a confiança na capacidade para superar lacunas como esta".
  O alto funcionário considera provável que a Europa necessite aumentar os recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) para prestar auxílio econômico a países com problemas de financiamento.

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