quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SUPERBACTÉRIAS? ELAS JÁ ESTÃO MATANDO E SE ESPALHANDO PELO PLANETA. OREMOS!


Superbactéria é 'bomba relógio' e exige resposta global: cientistas

   BOSTON, EUA — A nova superbactéria, originária da Índia e que demonstra ser resistente a quase todos os antibióticos conhecidos, representa uma ameaça mundial, advertiram cientistas esta segunda-feira.
   "Temos a necessidade urgente de, em primeiro lugar, estabelecer um sistema de vigilância internacional nos próximos meses e, em segundo lugar, examinar todos os pacientes que derem entrada a qualquer sistema de saúde" em tantos países quanto for possível, disse Patrice Nordmann, do Hospital Bicetre, da França.
   "Por enquanto não sabemos quão rapidamente o fenômeno está se espalhando (...). Pode levar meses ou anos, mas o certo é que se espalhará", disse à AFP, destacando que já foram tomadas medidas na França e que outras estão em discussão no Japão, em Cingapura e na China.
   "É um pouco como uma bomba relógio", explicou.
Nordmann participa da 50ª Conferência Intercientífica sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (Interscience conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy), que reúne 12.000 especialistas em doenças infecciosas em Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).
   O cientista, que é chefe do departamento de bacteriologia e virologia do hospital francês, disse que a bactéria encontrará terreno fértil na população de 1,3 bilhão de pessoas da Índia.
   A "superbactéria", chamada NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi) e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha.
   A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.
     FONTE
Superbactéria NDM-1 faz vítimas nos EUA e Canadá

Os casos verificados nos EUA (Califórnia, Massachusetts e Illinois) envolvem pessoas que já haviam recebido atendimento hospitalar durante viagem à India, onde a bactéria já se espalhou de forma generalizada. Segundo uma revista médica da Inglaterra, pacientes britânicos que haviam ido à India para tratamento também contrairam a bactéria.
    Como não existe uma central global de monitoramento, ainda não se sabe o número de mortes que gene NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi) pode ter causado. O que se sabe é que o gene tem sido detectado principalmente em bactérias que provocam infecções intestinais e urinárias.
    De acordo com Brandi Limbago, diretor do CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, os casos verificados no país estão relacionados a três tipos diferentes de bactérias, além de três mecanismos de penetração diferentes.
    No entender de Lindsay Grayson, chefe do centro de doenças infeccionsas de Melbourne, na Austrália, a preocupação é muito grande já que a resistência do NDM-1 aos novos medicamentos tem aumentado. ",Acreditamos que é só uma questão de tempo até que o gene se espalhe mais amplamente",. A opinião também é compartilhada por Patrice Nordmann, professor de microbiologia da Faculdade de Medicina do Sul de Paris. ",Todos os ingredientes estão aí para uma transmissão generalizada. Ela vai se espalhar por avião por todos os cantos do mundo",, disse o Nordmann.
    Segundo os cientistas envolvidos no estudo, o gene NDM-1 se transporta por bactérias e se espalha da mão para a boca, tornando indispensável a boa higiene.
    O CDC aconselha que pacientes com casos de infecção urinária com o gene resistente seja isolados e que as pessoas próximas sejam verificadas para saber se também estão contaminadas.

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